Há ondas nas minhas ondas
Vagas de ondas, de ondas tão
vagas que enervam
a explicação.
Micoses, voltam e vão.
Passeios de honda, com os pneus
em baixo -
pois, com duas pessoas não é a
mesma coisa
Mas… há abraços de braços
e de pernas
coladas.
E assim, o mar até fica lençol,
preguiçoso, quentinho, lavadinho.
Tábua de passar o tempo.
O areal exibe monstruoso
iluminando as suas rochas pretas,
medalhas do Tempo do Além.
Não há dúvida que estão lá.
Mas de que são feitas?
Na verdade estão sempre a ser
desfeitas
E a ser levadas no pra-lá-pra-cá.
E a areia, à areia se dá.
O caldo volta a cobrir a rocha, o
penedo, o pedretuilho,
de caldo,
de bichos,
banquetes debussy extraterrestres
/vindos do espaço.
E ondas
e vagas
com a força do átomo
voltam e espancam e pancam por cá.
A gasolina está cara,
a dois, os pneus parecem não encher…
Mas esta honda
gasta pouco.
2 comments:
gostei muito, tem o ritmo de uma canção, assim como o mar e sua respiração.
obrigada arrepio :)
Post a Comment