Mão
que Molha é um chofre de desenhos acompanhados de um poema e
vice-versa. Tal como a chegada de uma brisa de tusa súbita que se
instala e paira, certa mão certa quando atravessa qualquer ponto do espaço
visível atravessa no fundo mais por dentro que por fora. Por dentro
acerta, estremece, viaja, aquece e molha.
Mão que Molha
Mão que Molha
coa-me
que moa
que mão
que amo
ao coma
o caminho
oh que dá
hóme cá
ah que bom
amo-que
ah que mó
maco mago
que é-me cão
e me coa
mão que molha – que moca.